sábado, 12 de novembro de 2011

Perdoa Agora
Não te detenhas.
Torna à presença do companheiro que te feriu
e perdoa, ajudando-o a recuperar-se.
Reflete e ampara-o.
quantas dores e quantas perturbações lhe
vergastaram a alma, antes que a palavra dele
se erguesse para ofender-te ou antes que o
braço se lhe armasse pela incompreensão e
desferisse contra ti o golpe deprimente?

Guarda a calma e auxilia sem cessar.

Mais tarde, é possível que não possas,
por tua vez, suportar o assalto da ira
e reclamarás igualmente o bálsamo da
alheia compreensão.
Retorna ao lar ou à luta que talvez hajas
deixado, e espalha, de novo, a bênção do
amor com todos os corações que jazem
envenenados pelo fel da crueldade ou
pela peçonha da calúnia.
Não hesites, porém.
Perdoa agora, enquanto a oportunidade
da reaproximação te oferece aos bons desejos
porque, provavelmente, amanhã, o ensejo
luminoso terá passado e não encontrarás,
ao redor de ti, senão a cinza do
arrependimento e o choro amargo
de improdutiva lamentação.
***Emmanuel***

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