sábado, 11 de junho de 2011

Eu Maior

Ao entrar pela porta, logo sou abordada por alguns dos colegas que alegremente vêm ao meu encontro.
Recebo com alegria as manifestações de carinho e afeto e sigo, apressada para meu local de trabalho.
Logo ao chegar na mureta de atendimento, uma senhora simples, de semblante sofrido, vem com seus olhos úmidos, me estende a mão e pede a senha.
Curiosa, pergunto se precisa de algo mais, ao que ela me responde:
"Não minha filha, é só isso mesmo". Ao sair, fico pensativa, sobre o que teria levado aquela "criatura" a seguir em frente, com tanta dor estampada na face enrrugada, triste e cabisbaixa. Mas, logo sou surpreendida por outro pedinte, a suplicar mais um atendimento, e assim vai até que o último da fila, seja atendido.
Mas, aquela imagem, da senhora simples e triste me vem a mente.
Fico a imaginar, como somos todos parecidos com ela, ao chegarmos ao "Hospital-Escola Redenção", enfrentarmos a "fila" de atendimento, passamos pelo "passe" e recebermos todos os dias o atendimento merecido, em doses homeopáticas, da Misericórdia Divina que através de nossas vidas, nos lembra que somos seres em constante busca, de algo simples e significante: atenção.
Você, já parou para pensar quantas vezes , de alguma forma, somos solicitados a prestar mais atenção, ao que de fato nos é primordial, vital e indispensável em nosso convívio fraterno?
Já parou um só instante, para observar que dentro de nossos lares, família, trabalho, escola, e "Redenção", somos solicitados a dar atenção?
Você, já prestou bem atenção às suas solicitações, hoje?
Observou aqueles que te circundam, que te são caros, o que eles têm a te dizer? Mesmo em silêncio?
No "Redenção" também há muitos que nos abordam, pedindo atenção...
e quantas vezes apressados, nem sequer paramos para dar-lhes o devido carinho, de apenas ouvir, o que às vezes a Espiritualidade tanto nos pede:
Atenção!

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